27 de agosto de 2007

Psylocibian Devils: Psilocybian Devils



Psilocybian Devils
(shroom records, 2000)
Upside
1 . Lazy Times
2 . See Through

3 . Home (Probably None)

4 . Psylocibian Devils (sic)

5 . Kugl Mugl Mlg

6 . The Galaxy Sings...
7 . Fuzzy Flight
Downside

1 . Bug Detector Satellite

2 . Expansion

3 . Flying Saucers
4 . Bathless
5 . Dwindling

6 . There’s A Devil On My Shoulder

Otherside (extras)
1. Lazy Times (demo) 2. Fuzzy Flight (take alt) 3. See Through (take alt) 4. One More Kiss

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No princípio de tudo houve a fita magnética.

Processos rudimentares em que o chiado predominava sobre tudo foram interrompidos pelos também magnéticos sons macios e devidamente comprimidos de um gravador de quatro canais Yamaha (veja bem, o mais importante é que percebas que se tu gravas instrumentos em três canais e passas todos para o quarto canal, tens três canais livres. Podes então gravar mais dois instrumentos em dois dos canais livres e mixá-los para o terceiro canal livre, e então tens mais dois canais livres para finalizar a tua canção e isso já te basta como método de registro da oscilação entre as canções pop[.] e o experimentalismo inconseqüente sem grandes firulas e perfeccionismos).

“Home (probably none)” deve ter sido a primeira. Antes chamava-a “Home (probably Dylan's)”. Nota-se facilmente o porque. Aqui as canções em violões, meias-luas, guitarras, baixo, harmonias vocais e bateria (devo pedir desculpas pela bateria) acabam predominando sobre os temas mais soltos e endiabrados timbristicamente. A urgência estava ali. “Lazy times” é uma introdução inconteste. Diria que todas as introduções são incontestes. Elas simplesmente te acertam na cabeça como um laser e ficam lá.

Depois de preenchidos todos os canais, um bom tempo teve espaço até que conseguisse fazer um mix satisfatório. Existem duas ou três cópias em versão magnética, que tem um mix diferente do digitalizado. É uma gravação muito crua. Os únicos efeitos industrializados fora o próprio compressor do Yamaha que aparecem aqui vêm de um pedal de distorção que costumava dizer que era “de plástico” (a distorção, não o pedal) e um Cry Baby que já começara a fazer nhec nhec. Até tentava usar os equalizadores, mas nunca pareceram funcionar direito. Pra não dizer que isso tudo veio antes da técnica do tubo de papel nas vozes e do advento do atraso, como diriam os portugueses.

Então tascas canções pra acordar os sentimentos num “upside” da fita e canções para deitá-los na cama num “downside” e tens um álbum formidável meio perdido entre o rock e a vida. O primeiro de três (3) discos dos Psylocibian Devils.

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